sexta-feira, 29 de junho de 2012

Dou minha vida por...


É comum escutarmos alguém dizer a seguinte frase: “Nossa, pela minha mãe eu sou capaz de dar a minha vida!”.
Movidos por um sentimento de amor, costumamos dizer esta frase. São palavras sinceras, que brotam do mais profundo e belo sentimento, o amor.
O amor, conforme conhecemos, é aquele sentimento que nos faz ter um gosto novo pela vida e, nas dificuldades, nos impulsiona a superar-nos em nossas limitações, nos dando a oportunidade de descobrir qualidades nunca antes vista em nós e “creditada” por nós mesmos. É este sentimento também que nos faz dar a vida por algo ou alguém!
Pois bem, será que, por aquilo que acreditamos dar própria vida, realmente temos algum sentimento parecido ou semelhante ao amor?!
Se sim, maravilha! Não há qualquer crise quanto nossas convicções.
Porém, essa certeza só se pode ter quando no dia a dia a renovamos em nossa vida. Quando você tem a preocupação de conversar com sua mãe, pai, irmãos ou namorada(o) só para escutá-la dizer qualquer coisa, e você conseguir perceber em meias palavras que está tudo bem. Quando, após uma briga feia com amigos, você consegue se reconciliar com eles – mesmo que isso leve dias, semanas, meses e, até, anos e mesmo que o motivo da discussão não pareça ser tua culpa, e tendo a certeza que o da briga é sim por sua causa. Quando você se abre ao novo, sabendo que para isso será necessário morrer para seus critérios, escolhas, costumes, conceitos e preconceitos. Quando você busca sair da sua confortável ignorância e começa a buscar a certeza à partir da dúvida. Quando você não se conforma com a injustiça que atinge o outro e que, por atingí-lo, atinge a você também. Quando você enxerga que, mesmo com os inúmeros talentos e habilidades que tens, é ninguém diante da história e da humanidade e que, ao mesmo tempo, você é alguém na sua história, na sua humanidade e na daqueles que o cerca. QUANDO VOCÊ BUSCA FAZER A DIFERENÇA QUE O OUTRO PRECISA E NÃO A SUA DIFERENÇA NO OUTRO.
Enfim, quando você descobrir que morre para si mesmo no seu dia a dia, quando você dá a vida pelo outro a cada momento, com a certeza de que sua vida é algo que se pode dar mesmo cheia de limitações; quando você descobre que está renascendo a cada manhã, aí sim poderás dizer “EU SOU CAPAZ DE DAR A MINHA VIDA POR...”

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